Conexão, segundo o dicionário, é a ligação de uma coisa com outra, uma relação de dependência, ou uma peça que une dois tubos, canos ou fios. Parei para refletir e concluí que a conexão é algo que está presente todos os dias em um trabalho de comunicação corporativa – em todas suas interpretações. Sim, porque hoje sem uma conexão Wi-Fi o trabalho de agência se torna praticamente inviável. As relações com os clientes, aqui um adendo, são cada vez mais complementares e não dependentes. Mas, o mais importante, sem conexão não há relacionamento, trocas e comunicação.

Atuar na área da comunicação é compreender que a causa do cliente é a sua. A lógica é simples: pensar orientado a conteúdo com foco na construção de sua imagem tendo o pertencer como premissa. O Wi-Fi se torna um pinguinho diante dessa cachoeira de infinidades para uma conexão com propósito. A tecnologia, o futurismo, a robótica, a realidade virtual, tudo isso é uma certeza que já está acontecendo, mas o olho no olho, a empatia e a identificação por meio de valores não pode ser esquecida. Ao contrário: em um mundo de informações em abundância, não há mais motivo para comunicar se não agregar e isso não é apenas externo, deve ser praticado na relação com quem confia nas suas ideias.

A qualidade do serviço entregue ao cliente é extremamente importante, mas sem conexão é inviável alcançar bons resultados. Por isso é fundamental se eternizar naquilo que se enxerga propósito. De nada adianta eu trabalhar em cima de uma campanha se não acredito no que estou comunicando. Do outro lado está o cliente apostando na minha equipe, aí volta a tal da confiança, a base de qualquer boa relação. Segundo a pesquisa TIP divulgada no Meio & Mensagem, 67% das pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos de empresas com as quais compartilham valores e crenças. Então entramos no embate, se uma agência não age da mesma forma que comunica para os seus clientes, há verdade nisso? O lucro deixou de ser razão de existência há muito tempo seja para as marcas, seja para as agências. E isso o mercado da tecnologia sabe fazer bem, pois entende que tecnologia não se resume a criar novas ferramentas ou softwares, mas sim possibilitar mais empatia e conexão entre todos.

A partir de bons vínculos deve-se contribuir para um mundo menos comoditizado e mais colaborativo. Os clientes são parte disso, já que engajamento só é possível se ele de fato é praticado em todas as pontas do processo. Lógica, nexo, afinidade, identidade, relação. Todas sinônimos de conexão e vitais para a diferenciação. Construa relações duradouras com seus parceiros, clientes e sociedade como um todo por meio de instrumentos da comunicação. Faça da conexão mais que uma rede Wi-Fi e a transforme em uma cultura de trabalho.

Rafaela Johann, jornalista da Usina de Notícias 

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